segunda-feira, 26 de maio de 2008

" QUAL O TEMPO MAIS OPORTUNO PARA CADA COISA "

O imperador publicou uma declaração oferecendo um prêmio aquele que fosse capaz de responder às perguntas.
Qual o tempo mais oportuno para se fazer cada coisa?
Quais as pessoas mais importantes com quem trabalhar?
Qual a coisa mais importante a ser feita?
Inúmeras pessoas se dirigiram ao palácio oferecendo diversas respostas.
Como nenhuma das respostas satisfez o imperador, nenhum prêmio foi concedido.
Após refletir várias noites, o imperador decidiu sair à procura de um eremita que vivia na montanha, e não recebia ricos nem poderosos, apenas pobres.
Disfarçado de camponês, o imperador ordenou aos seus criados que o esperassem ao pé da montanha enquanto ele subiria sozinho.
Ao chegar ao lugar onde vivia o eremita, o imperador viu-o lavrando a terra da horta em frente à sua pequena cabana.
Acercando-se dele, o imperador falou:
" Vim até aqui para pedir-lhe ajuda ".
Quero que me responda a três perguntas:
Qual o tempo mais oportuno para se fazer uma coisa?
Quais as pessoas mais importantes com quem trabalhar?
Qual a coisa mais importante a ser feita?
O eremita ouviu atentamente, mas não respondeu.
O imperador insistiu:
Eu vim até aqui para ver se você seria capaz de responder minhas três perguntas.
Mas se não puder respondê-las, por favor, diga-me, para assim eu voltar para casa.
Levantando a cabeça, o eremita perguntou:
Está ouvindo os passos de alguém correndo ali adiante?
O imperador voltou-se e, de repente, à frente de ambos, surgiu, de dentro do mato, um homem tentava cobrir com as mãos o sangue que escorria de um ferimento no estômago, avançando em direção ao imperador, antes de tombar ao chão inconsciente.
O imperador limpou a ferida, usando sua própria camisa para atá-la.
O eremita ajudou o imperador a carregar o homem até a cabana onde o deixaram sobre a cama.
Pela manhã, ao ver o imperador, o homem fixou-o, murmurando com voz fraca:
" Perdoe-me, por favor ".
" O que fez você para que eu o perdoasse? ", respondeu o imperador:
Vossa majestade não me conhece, mas eu o conheço.
Eu era seu inimigo declarado e tinha jurado me vingar por meu irmão ter sido morto na guerra e por minhas propriedades terem sido confiscadas.
Quando soube que vossa majestade vinha sozinho até aqui, resolvi surpreendê-lo no seu caminho de volta, e matá-lo.
Mas ao invés de encontrá-lo, encontrei seus criados, que me reconheceram e me feriram.
Eu tinha a intenção de matá-lo e vossa majestade salvou-me a vida.
Por favor, dê me seu perdão.
O imperador sentiu uma extraordinária satisfação ao ver que havia se reconciliado com um ex-inimigo tão facilmente.
Não só o perdoou como também prometeu devolver-lhe as suas propriedades.
O imperador voltou-se para o eremita e repetiu suas três perguntas.
O eremita disse:
" Mas suas perguntas já foram respondidas ".
Como assim?
Indagou o imperador intrigado.
Ontem, se vossa majestade não tivesse subido a montanha, teria sido assassinado por aquele homem.
Mais tarde, quando o homem ferido apareceu, o tempo mais oportuno foi o tempo em que esteve tratando de seu ferimento, pois sem seu socorro ele teria morrido e vossa majestade teria perdido a oportunidade de reconciliar-se com ele.
Lembre-se que só existe um tempo importante e esse tempo é agora.
O tempo presente é o único tempo sobre o qual temos domínio.
A pessoa mais importante é aquela que está à nossa frente.
E a coisa mais importante é fazer essa pessoa feliz.

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